Infelizmente, não é uma notícia que me surpreenda tendo em conta o país e a cidade em questão; no entanto, não deixa de ser, no mínimo, insólito.
Quando, ontem, ouvi a notícia na rádio, disseram também que o comandante da polícia local tinha sido informado que as gravações iriam ocorrer, mas não comunicou aos agentes. Chamaram a este acto de incompetência, uma simples «falha de comunicação».
O que, para nós, não é normal, lá é o pão-nosso-de-cada-dia. Para começar, qualquer pessoa (incluindo crianças) tem uma arma. Para além disso, alvejar alguém não é um problema para muita gente.
Neste caso concreto, os polícias agiram conforme o normal. Pensaram: são ladrões - têm armas - ou atiramos primeiro, ou morremos nós. E é mesmo assim que as coisas funcionam em Angola. Sobrevive aquele que atirar primeiro; e atiram mesmo para matar.
Mas desta vez enganaram-se e, devido a este erro, morreram dois inocentes que estavam apenas a fazer o seu trabalho.
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