domingo, 17 de maio de 2009

História que podia ser de amor, não fosse ele parolo até à 5ª casa

Estava eu ainda com os olhos meio fechados, a ver as coisas um bocado desfocadas, quando fui comprar o bilhete de autocarro para vir à terrinha. Havia pessoas à minha volta e, por acaso, reparei em dois parolos que estavam atrás de mim e que eram isso mesmo, parolos, como há muito tempo eu não via (o que não quer dizer que não sejam boas pessoas e blá blá blá, porque não se julga as pessoas pela aparência e blá blá blá, eu já sei, mas é mais forte do que eu).
Ao final da tarde, estava eu já a beber umas belas Super, Super Bock's, quando recebo uma mensagem que dizia qualquer coisa como: Olá menina d. Desculpa se te estou a incomodar. Hoje vi o teu cartão na mala e gravei o teu número, desculpa. Eu sou o M. Se, por vezes, eu te poder conhecer e para ser teu amigo se quiseres. Manda msg se quiseres. E mais uma vez, desculpa pelo número.
Uma miúda já não pode sair à rua com uma mala onde tem um cartão com o seu número de telefone, que passa a ser um alvo fácil para os psicopatas deste país. Pronto, devo ser a única atrasada mental que ainda tem aquele cartãozinho, há uns 6 anos, não vá a mala perder-se dentro do autocarro.
O psicopata podia ser um grande bebé, lindo de morrer, e nascia assim uma bela história de amor, entre a totó-do-cartão-com-os-dados-na-mala e o homenzarrão, e seriam felizes para sempre. Mas claro que não. Era só um grande parolo, com umas calcinhas apertadinhas, e eu até desconfio que não tinha os dentes todos. Ahhh, e que não sabe escrever (que é uma daquelas coisas que me faz muitaaa comichão. Se bem que deve ser o menor problema desta pessoa.)
Resta dizer que vou já destruir aquele cartão, não vá ele trazer-me mais desgostos. Até porque eu não quero ser parola como o outro, que também deve ter um lindo cartão. Como o meu.

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